O cronista que narra os acontecimentos, sem distinguir entre os grandes e os insignificantes, tem em conta, fazendo isso, a seguinte verdade: nada daquilo que alguma vez aconteceu deve ser considerado como perdido para a história. Certamente só à humanidade redimida pertence plenamente o seu passado. Isto quer dizer que apenas para ela, em cada um dos seus momentos, o passado se tornou citável. Cada um dos instantes que ela viveu torna-se uma citation à l´ordre du jour - e esse dia é precisamente o último.
(BENJAMIN, Walter. Teses sobre a Filosofia da História. In: Sobre Arte, Técnica, Linguagem e Política. Lisboa: Relógio D´Água, 1992. p. 158. Tradução: Maria Luz Moita, Maria Amélia Cruz e Manuel Alberto.)
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