Viver na intimidade de um ser estranho não para dele se aproximar, para torná-lo conhecido, mas para o manter estranho, distante e mesmo inaparente - tão inaparente que o seu nome o contenha por completo. E, mesmo no desconforto, dia após dia não ser outro que o lugar sempre aberto, a luz inesgotável na qual esse ser único, essa coisa, permanece sempre exposta e murada.
Giorgio Agamben. Idea dell'amore. In.: Idea della prosa. Macerata: Quodlibet, 2002. p. 41.
Tradução: Vinícius Nicastro Honesko
Imagem: Tiziano. Amore sacro e Amore Profano. 1515. Galleria Borghese, Roma.
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