sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Virtú


(imagem Zé Medeiros)


o temor do erro
simplemente trai
o erro do temor

domingo, 17 de outubro de 2010

Terror


O que não necessita de ninguém, vive por si, não impõe exigências, sempre estará lá (mesmo quando nenhum humano restar).

Imperturbável, sombrio, aleatoriamente necessário.

Terror à razão em vigília, a mais pura imanência fechada em si.

Uma mônada, um aleph irracional representando, em seu enclausuramento asfixiante, o mundo e sua arbitrariedade.

Certamente está repleto de moscas, vermes e criaturas do submundo.

Em mim, apesar de não conhecê-lo (mas consigo espreitá-lo vagamente aos domingos, quando estou sozinho) e de nenhum prisma efetivo influenciar minha vida, causa-me uma profunda melancolia.