segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Despedida de Cefalù


Atrapalhadamente, lidando com as coisas da casa, eis que cai ao chão, sob o dito salamantino "Salamantini Sigillvm.Vnive-Rsitatis Stvdii", o livro aberto de Murilo... algo mais triste para hoje não poderia surgir: Despedida de Cefalù... espero muito que não seja um adeus, mas um até logo...
"Em pedra e horizonte ficas.
É triste deixar tua força
No duro penhasco plantada,
Que o sol vertical aumenta.
Respiras nesta grandeza
Que nos vem da água, da luz
E da terra percutida,
Do peixe. Contigo vamos
Na roda cósmica, e o vento.
Não te adornas para o culto:
Cefalù solene e pobre
Em duro penhasco plantada,
Teur rito é de antiga origem:
Vem da alma rude e sem véu.
Assim te amam os pescadores,
Com esta força e gravidade
Extraídas da tua rocha
Que o sol vertical aumenta."

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