A pontualidade é o ladrão do tempo.
Folgar é um trabalho de cão. Mas nada tenho contra o trabalho, desde que não tenha uma finalidade específica.
Vivemos numa época que lê demais para ser sábia e acredita demais para ser bela.
As boas intenções foram a ruína do mundo. Os únicos que fizeram alguma coisa no mundo foram aqueles que não tinham intenção alguma.
A experiência não tem valor ético. Ela é apenas o nome que o homem dá a seus erros. Em regra os moralistas consideram-na como uma espécie de aviso, atribuindo-lhe uma certa eficácia ética, para a formação do caráter, e louvaram-na achando que ensinava ao homem o que ele devia ou não fazer. Mas a experiência não é uma força motora, como tampouco o é a consciência. Ela demonstra que o nosso futuro parecer-se-á como o nosso passado, e que aquilo que fizemos uma vez com horror, voltaremos a fazê-lo mil vezes com alegria.
Até as verdades podem ser demonstradas.
O artista jamais deseja demonstrar coisa alguma.
Não há livros morais e livros imorais. Há livros bem escritos e livros mal escritos, apenas isto.
Poucas pessoas têm força suficiente para resistir às absurdas pretensões da ortodoxia.
Folgar é um trabalho de cão. Mas nada tenho contra o trabalho, desde que não tenha uma finalidade específica.
Vivemos numa época que lê demais para ser sábia e acredita demais para ser bela.
As boas intenções foram a ruína do mundo. Os únicos que fizeram alguma coisa no mundo foram aqueles que não tinham intenção alguma.
A experiência não tem valor ético. Ela é apenas o nome que o homem dá a seus erros. Em regra os moralistas consideram-na como uma espécie de aviso, atribuindo-lhe uma certa eficácia ética, para a formação do caráter, e louvaram-na achando que ensinava ao homem o que ele devia ou não fazer. Mas a experiência não é uma força motora, como tampouco o é a consciência. Ela demonstra que o nosso futuro parecer-se-á como o nosso passado, e que aquilo que fizemos uma vez com horror, voltaremos a fazê-lo mil vezes com alegria.
Até as verdades podem ser demonstradas.
O artista jamais deseja demonstrar coisa alguma.
Não há livros morais e livros imorais. Há livros bem escritos e livros mal escritos, apenas isto.
Poucas pessoas têm força suficiente para resistir às absurdas pretensões da ortodoxia.
Não sei como aquele sujeito pode suportar a sociedade londrina. Trata-se de uma pessoa da qual não se pode esperar mais nada, pois tolera uma sociedade formada por nulidades pretensiosas que não dizem nada.
O sentido do dever se parece com uma doença horrível. Destrói os tecidos do pensamento como certas doenças destroem os tecidos do corpo. A catequese terá de assumir graves responsabilidades.
A infância é uma longa carreira de inocente espionagem, surpreendendo coisas que não se deveriam saber.
A maturidade é uma longa carreira de imprudências: a arte de conversar consiste justamente em dizer aquilo que não deveria ser dito.
Para ocultar sua própria ignorância as pessoas inventam regras e dão conselhos, assim como sorriem para esconder as lágrimas.
Só os filisteus tentam avaliar uma personalidade na medida vulgar da produção.
O caminho do paradoxo é o caminho da verdade. Para pôr à prova a realidade é preciso vê-la andar na corda bamba. Só quando as verdades tornam-se acrobatas podemos julgar o valor delas.
Na Inglaterra as pessoas se esforçam para serem espirituosas até no café da manhã. Isto é uma coisa francamente horrorosa. Só as pessoas enfadonhas podem ser espirituosas no café da manhã.
O fato de um homem imolar-se por uma idéia não prova de forma alguma que ela seja verdadeira.
A arte é sempre inútil.
A instrução é uma coisa muito bonita, mas vale a pena lembrar, de vez em quando, que nada daquilo que realmente interessa pode ser ensinado.
Extraídos de Oscar Wilde (1854-1900). Aforismos. (Tradução de Mario Fondelli). Curitiba: Pólo Editorial do Paraná, 1997.
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