quinta-feira, 3 de julho de 2008

A morte e a mosca


... em todos os tempos, todos, morremos como moscas que o outono lança nos quartos onde rodopiavam cegamente numa vertigem imóvel, atapetando de repente as paredes com sua tola morte. Mas, passado o medo, ele reupera a tranqüilidade evocando o mundo mais feliz de outrora, e essa morte mesquinha que lhe causava frêmitos parece-lhe revelar somente a indigência de uma época votada ao divertimento e à pressa.
Maurice Blanchot, O Espaço Literário, p. 120.

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