"Na época da alienação máxima dos homens entre si, das relações infinitamente mediatizadas - enfim, as únicas que eles têm -, inventou-se o filme e o gramofone. No filme o homem não reconhece o seu próprio andar, no gramofone não reconhece sua própria voz."
(Walter Benjamin. A Modernidade e os Modernos. p. 103)
Canto espectral
Ó Górgone que me guardas,
mirastes além da minha alma trincada!
Formastes a rocha deste ser inamovível;
findastes o puro inapreensível.
Não canto o estático,
rompo a morte,
encontro a morte.
Aliás,
morro vivendo, ou vivo morrendo?
Não encontro os rastros daquele calçado antigo.
Não escuto o eco daquele grito sentido.
Apenas vago...
Ou vaga está a rocha que 'eu sou'?
Quem sabe nela pousará um passarinho...
Um comentário:
Muito bom.
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