Vinícius Nicastro Honesko
Real, real porque me abandonaste?
E, no entanto, às vezes bem preciso
de entregar nas tuas mãos o meu espírito
e que, por um momento, baste
que seja feita a tua vontade
para que tudo de novo ter sentido,
não digo a vida, mas ao menos o vivido,
nomes e coisas, livre arbítrio, causalidade.
Oh, juntar os pedaços de todos os livros
e desimaginar o mundo, descriá-lo,
amarrado ao mastro mais altivo
do passado! Mas onde encontrar um passado?"
Manuel António Pina
No terceiro capítulo de Diante do Tempo. História da arte e anacronismo das imagens, Georges Didi-Huberman explora o impossível da história da arte proposta por Carl Einstein. Nos pontos iniciais do texto, ele nos diz que o pensamento de Einstein teria fundamentalmente um o caráter inatual, tanto para aqueles que lhe eram contemporâneos – sobretudo nos anos 20 e 30 – quanto, ou talvez até mais, para aqueles que o leem no contemporâneo (o texto de Didi-Huberman é de 1996). O crítico aponta para o fato de que essa exigência do impossível se liga a uma aproximação do real da mesma forma que a inatualidade seria um modo de aproximar-se do tempo; em outras palavras, Einstein se recusaria à simplificação da vida, a formatá-la em modelos, para afrontar a complexidade dos objetos artísticos e, também, dos tempos produzidos ou dos quais aqueles objetos seriam produtos. Os traços de uma história da arte que, longe de uma pretensão totalizante ou que visasse a esgotar o saber sobre a arte, carregaria em si uma dimensão agônica, de luta, como que uma exigência e uma tarefa para o pensamento. Num exercício de contemporaneidade, no sentido de Giorgio Agamben[1], Didi-Huberman, lançando-se na inatualidade de Einstein, diz que é preciso compreender que
... a tarefa
autêntica de uma história da arte – compreender as imagens de arte – significa
compreender a eficácia dessas imagens como fundamentalmente sobredeterminada,
ampliada, múltipla, invasora. Poderíamos dizer, parafraseando Carl Einstein,
que as imagens não nos apaixonariam como elas o fazem se fossem eficazes
somente sob o aspecto limitado de sua especificidade histórica ou estilística.
É, então, sob todos os aspectos do pensamento que a imagem exige ser
experimentada, analisada, e Carl Einstein terá tentado dar conta disso sob
todos os aspectos do pensamento.[2]
Essa
deriva inatual pelas imagens que
impressionam, que lançam desde suas posições seus olhares, em Didi-Huberman dá-se
como um exercício de montagem,[3]
e, assim, mais do que como hermenêutica, como uma constante potencialização do gesto[4] de ler. Ou seja, ao ler Einstein o
crítico francês amplia – sobredetermina – as possíveis imagens de Einstein,
assim como ao ler Brecht[5],
Pasolini ou Rossellini,[6]
é sempre uma invasão de possibilidades do (no) real que ele nos traz. A
leitura, tal qual empreendida por Didi-Huberman, é um gesto (um puro meio,
diria Agamben) capaz não apenas de dar a seus leitores (nesse sentido, os leitores
de um leitor) acesso a um suposto conteúdo lido, mas de colocá-lo nas trilhas de
leituras erráticas que constituem essa espécie de pensamento que exige o
impossível (o gesto de Einstein é replicado, pela repetição, em Didi-Huberman,
este que, ao nos dar a ler sua leitura, nos abre a possibilidade de replicar
seu gesto – e assim numa condição de disseminação).
De certo
modo, esse chamado de Didi-Huberman aqui se faz necessário para ler um autor
que, numa espécie de errático caminho de leitura por um palimpsesto de citações
e releituras, é sobretudo um leitor que, por sua vez, garante a seus leitores a
constante potencialização do real: Raúl Antelo. Trato, aqui, em específico de
um livro no qual o exercício de potencialidade empreendido por Antelo já
aparece no frontispício: Potências da
Imagem.
O livro,
publicado em 2004 pela editora Argos, de Chapecó, carrega a marca da
potencialidade: não apenas em seu título, não apenas por tratar de imagens
profícuas no que diz respeito a releituras da tradição modernista, não apenas
por sua força argumentativa, não apenas por suas referências das mais variadas,
não apenas por seu procedimento de composição (uma montagem – com um prefácio
confeccionado, justamente, para apontar o processo de montagem – de cinco
ensaios de Antelo publicados em revistas ou apresentados como conferências). A
marca da potencialidade está em todas essas características mas, sobremaneira,
no gesto de leitura de Antelo que, em
seus leitores, continua a operar-se e a operar a disseminação:
Enquanto
ativação de um procedimento de montagem, toda imagem é um retorno, mas ela já
não assinala o retorno do idêntico. Aquilo que retorna na imagem é a
possibilidade do passado. Como procedimento de suspensão ou corte, a imagem
aproxima-se, então, da poesia, e não da prosa, na medida em que até mesmo o
poema poderia ser reduzido ao simples efeito de enjambement. Retorno e corte alimentam, portanto, uma certa
indecidibilidade ou indiferença, uma impossibilidade de discernimento entre julgamento
verdadeiro e falso, que potencializa, entretanto, o artifício da falsidade como
a única via possível de acesso à estrutura ficcional da verdade.[7]
Digamos
que Antelo nos dá a ver, em Potências da
Imagem, algumas imagens em forma de gesto ensaístico. A crítica aqui (que,
lembremos a etimologia, advém do grego krino: separar, decidir; e também está ligada
à crise, o instante decisivo de intervenção para o médico, o
instante de perigo) liga-se mais a uma indecidibilidade do que às certezas
decisórias que estabelecem cânones que, ao serem gerados pelas decisões
fundadoras, parecem querer obliterar a dimensão de palimpsesto do mundo e, inadvertidamente,
carregam à sombra seus apócrifos. O gesto de leitura de Antelo, por sua vez,
parece ser uma reviravolta nos cânones e em suas sombras sem, no entanto, dar
proeminência à sombra – o que seria a ingenuidade de uma contra-narrativa de
insistência na mesma lógica –, mas que, ao embaralhar cânones e sombras, cria
na psicogeografia dos textos (para nos remeter às derivas de Debord) caminhos à
estrutura ficcional da verdade: um gesto que não decide propriamente nada, e
que, assim, sem a formatação modelar, entreabre – exibe enquanto o exige – o
campo de lutas daquilo sobre o qual nenhuma decisão é possível.
Tomemos o
ponto geográfico central de Potências da
Imagem, justamente o terceiro ensaio, que, na montagem dos textos, ocupa suas
páginas mediais: Suplemento de imagens:
de Whitman a Jorge Amado, passando por “Macunaíma”, e até mesmo García Marquez.
O texto, o mais curto do livro e que mais tem a aparência de uma nota
biográfica, é destinado a expor as participações de Carybé como produtor de imagens em diversas e
variadas empreitadas editoriais, exposições, composições arquiteturais etc.. O
texto inicia-se com uma citação, indireta, de uma carta inédita que Carybé
enviara desde Salvador (em 22 de março de 1977) para Telê Porto Ancona López
(ex-orientadora de Antelo no mestrado e doutorado na USP) e, a partir daí, toma
a forma descritiva das ações e intervenções de Carybé – desde a primeira viagem
à Bahia como correspondente do jornal Pregón
e de sua ilustração para o primeiro calendário Esso, em 1941, passando pelas ilustrações que faz às traduções de
Walt Whitman e Mário de Andrade para a editora Schapire, pelos murais para os
Bancos do Estado de Minas Gerais em São Paulo e para o Bradesco em Salvador,
até a inauguração de seu relevo no Memorial da América Latina, em São Paulo, e
de suas ilustrações para “O sumiço de Santa”, de Jorge Amado, em 1988. Qual o gesto crítico de Antelo nessa armação de
um suplemento de imagens? De fato,
podemos notar que o jogo – o agônico – nesse ensaio está, no mínimo, em três
questões fundamentais: (1) no ponto de corte que assume no livro, o meio do
livro, o ensaio é um suplemento de
imagens; (2) Antelo mostra que as imagens de Carybé atravessam as polaridades
dos cânones modernos propostos (e o “... até
mesmo” do título é uma assinatura
da tensão); (3) a descrição exaustiva – a nota biográfica – funciona como uma
exposição (diria, com Jean-Luc Nancy, ex-peausition[8])
das imagens de Carybé não apenas enquanto um anexo ao texto de Antelo, mas como,
de fato, supplementum, um
preenchimento da forma-texto (como com-texto,
portanto), no livro e também no contexto
moderno em que Carybé, com sua vida e arte, atua (descrição biográfica e
obra como suplementares entre si e, assim, uma espécie de desativação da
operosidade do moderno).
A partir
dessa suplementação imagética medial, por assim dizer, o livro é montado, a
montante, com O inconsciente ótico do
modernismo e Políticas da amizade e
anamorfose do moderno, e, a jusante, com os ensaios Amado: tradição e extradição e Deleitação
morosa: imagem, identidade e testemunho (e, aqui, com a referência marítima,
procuramos trazer, mais do que um atrelamento ao fluxo do texto, a imagem do corsário dos últimos anos de Pier Paolo Pasolini
– que, para nossa leitura, é fundamental para a compreensão do gesto crítico de Antelo: também este o
de um intelectual pirata que cria em
meio à deriva). Nos dois primeiros ensaios, Antelo, por meio de procedimentos
arqueológicos (no sentido agambeniano[9]),
potencializa narrativas a respeito do moderno: em O inconsciente ótico do modernismo, expondo como alguns periódicos do início da República brasileira
reorientaram certa atitude colecionadora de imagens e, na Era Vargas – Travel in Brazil e Atlântico, dentre outros –, compuseram, a partir das imagens,
modernizações: “No Brasil, por paradoxal que possa parecer, as ditaduras têm
sido modernizadoras tanto como a modernização, ditatorial.”[10]
O que Antelo chama de inconsciente ótico do modernismo seria, portanto, uma
articulação entre técnica e vivência que nos levaria a uma política da imagem.
Com isso, é ao crítico que caberia o jogo de leitura (mais uma vez o caráter
agonístico einsteiniano – aliás, Carl Einstein é um dos referentes diretos de
Antelo) capaz de tocar o nó górdio do paradoxo citado:
Analisar um
periódico cultural mimetiza sua produção mesma: obriga-nos a selecionar e a
omitir, produzindo um texto, uma leitura, que é colagem espacial ou montagem
temporal de fragmentos, enxertados em relações provisórias ou aleatórias que,
no entanto, reafirmam o motor mesmo do moderno: a experiência do descontínuo.
(...) É, enfim, por esse caráter antológico e descontínuo, entendido como
índice efetivo de formações proto-históricas, que o sentido se rearma, sem
resto, para bem ou para mal, como um enigma que nos indaga e nos exige, em
todos os sentidos que a frase possa ter, que a política deve ser revista na
medida em que a revista, tal como a experiência comunitária, se nos apresenta,
para retomar a categoria de Jean-Luc Nancy, desoeuvrée,
inoperante e improdutiva...[11]
A armação,
ou rearmação, de um enigma que nos exige uma nova visão, uma revista que são as revistas (o infindável novo olhar do
crítico, o indecidível que a cada vez se mostra e que, por meio de um gesto, Antelo reembaralha mais do que separa)
postas na psicogeografia dos lugares dos periódicos (o arquivo que se dá ao
crítico: arké, mais do que princípio
organizativo de força, é, assim, uma assinatura que se dá a ler).
Políticas da amizade e anamorfose do moderno, por sua vez, expõe a espiral de um trajeto: como a
exposição Vinte artistas brasileiros – cujo
périplo, tanto da exposição em si quanto das obras que a compunha (de Buenos
Aires a Montevidéu até a constituição do acervo do Museu de Arte Moderna de
Santa Catarina), está no centro do ensaio e que Antelo descreve com cura
arquivística inigualável – pode ser um fio de Ariadne para a leitura de certa
constituição, arranjo, desconstituição e desarranjo de uma política cultural na América do Sul (da forja das vanguardas à sua
institucionalização, da postulação de lugares ao moderno à sua subsunção a
modelos economicistas etc.). A partir da escavação arqueológico-documental
oferecida por Antelo, podemos ler que o objetivo da exposição Vinte artistas brasileiros mais do que
adquirir, expor e conservar obras de arte
era “formar centros de cultura rotativos e dinâmicos”[12], mas que, por fim (tal como a política cultural
do Cone Sul), mostrou-se malfadada (e que, nas palavras de Emílio Pettoruti,
responsável pela Divisão Geral de Belas Artes da província de Buenos Aires
quando da exposição em 1945, era letra morta): “Os museus de arte nem sequer
têm condições de cumprir essa letra morta. Já não adquirem e quase não
conservam, apenas expõem o que o capital privado financia.”[13]
Nesse sentido, o ensaio de Antelo abre-se como a narrativa de uma história que
se abstrai em um processo de fraternização (apontando para seus efeitos residuais
e seu destino material), e encerra-se com o destino paradoxal desse processo: de
uma política da amizade (e lembro o belo excerto de Derrida que serve de
epígrafe ao ensaio) a uma política da amnésia capitaneada pelos representantes
do executivo de Argentina, Uruguai e Brasil (Menen, Wasmosy e Cardoso) nos anos
90 do século XX.
A jusante
do suplemento imagético central,
correm os textos Amado: tradição e
extradição e Deleitação morosa:
imagem, identidade e testemunho. No primeiro, Antelo aponta para como as
imagens – sobretudo aquelas das massas – são incorporadas no que chama de
tradição do pós-modernismo brasileiro no qual pode ser inscrito Jorge Amado.
Logo na abertura do ensaio, lemos que a “armação de uma tradição” (no caso,
essa em que estaria Jorge Amado) se daria pela repetição de formas que
introduziria deslocamento e ruptura e, a partir disso, restituiria
possibilidade a um valor exausto, este que, segundo Antelo, seria a “mediação
inconteste e o combate à forma como desvio antirrevolucionário.” Mas continua:
Minha
hipótese central, pelo contrário, pauta-se na crença de que novas alternativas
de leitura se colocam quando aquilo que veio sendo trabalhado pela repetição
não chega, propriamente, a desaparecer, mas desloca seus efeitos em função da
suspenção. A questão, portanto, a ser examinada é o espectro da massa ou, se preferirem, a passagem de
uma forma modernista a uma norma pós-modernista.[14]
A partir
de então, o ensaio analisa com brilhantismo o trajeto de Amado pelos meandros
das discussões com os modernistas (sobretudo suas acusações a Mário de Andrade
e ao formalismo linguístico) bem como a aposta de leitura que o escritor baiano
desenvolve: suas saudações à antropofagia oswaldiana, a Luís Carlos Prestes e,
por certo, às massas que, depois de sua conscientização,
são por Amado hipostasiadas, justamente, numa imagem discursiva (e, no texto,
Antelo também faz especial menção ao fotógrafo Rui Santos). E como num
movimento de revisão – num novo olhar
para os empenhos críticos de Jorge Amado e às armações (e armadilhas) dessa tradição no qual o vê imerso –,
Antelo desarma, a partir desse seu
novo olhar, tais empenhos críticos: aponta como o desaparecimento de um valor exausto por meio da repetição é tão somente uma ilusão
(ilusão esta que impregnaria o discurso de Amado e da tradição na qual se
inscreve) e, nesse sentido, a uma crítica não ilusionista (diríamos aqui,
replicando o gesto de Antelo: não
decisionista) caberia a tarefa da repetição que dá a ver “a mediação sempre
presente, porém sempre oculta em sua presença.”[15]
No último
ensaio do livro, Deleitação morosa:
imagem, identidade, testemunho[16],
aparece a belíssima (e destruidora) análise de A vida é bela, de Roberto Benigni. Depois de apontar para a leitura indulgente que José Arthur Gianotti
faz do filme (estaria aferrado ao “signo paternal da homogeneidade universal”[17],
o que naturalizaria a exceção histórica) e de apresentar algumas leituras mais atentas
– como as de Arnaldo Jabor e de Maria Rita Kehl –, Antelo, apoiando-se nos
autores que formam seu imenso cabedal de referências (Yankelevitch, Lacan,
Bataille, Blanchot e, aqui, sobretudo Agamben), vê o filme como uma espécie de
antípoda de Salò, de Pasolini. Isto
é, Benigni aniquila os figurantes e centraliza a história do jogo de ilusão de beleza e vida, em meio ao ignominioso lugar da morte, na relação pai-filho
(uma espécie de desvio absoluto do olhar para a história – não vemos a morte
desses outros aniquilados pois apenas assistimos à vivência personalista dos
dois protagonistas). Assim, ele faz de A
vida é bela um lugar de persuasão
de que o
mundo é um cassino especulativo e, como o amo capitalista, nos impõe trabalhar
por ele. Normalizamos essa representação. Negamos toda percepção angustiosa.
Desejamos que Josué se salve. Minimizamos o custo social de dita salvação e,
finalmente, racionalizamos, de maneira cínica, o desastre implantado,
resignando-nos a que a vida, homogênea e hegemônica, seja consensualmente bela.[18]
Nesse
sentido, A vida é bela só poderia se
constituir como negação da arte ou sua afirmação como mercadoria. Antelo, então,
aposta não nesse consenso estético sobre a vida (ou numa estetização da
política que, por fim, é o aporte para uma tanatopolítica), mas na dimensão de
uma ética que postule um mais além, que encare o problema da cisão que o
testemunho (categoria que ele retoma de O
que resta de Auschwitz, de Giorgio Agamben[19])
provoca em qualquer consenso. Isto é, para além da arte ideológica – essa “escorregadela realista da modernidade”[20],
que poderia, por fim, nos colocar diante de uma necessidade (criada pelos mecanismos do jogo no cassino especulativo: um alea, um destino, por assim dizer) de
suportar a morte inoportuna e de aceitar o regresso do desastre –, a exigência[21]
está em asseverar, tal como propunha Benjamin, uma arte política (criar um jogo agônico, tomar posição).
Potências da Imagem é, assim, um livro gestual, um livro que, como
exercício agônico (uma experiência – ex periri – um expor-se à morte) de um
crítico que não quer decidir cânones (uma crítica acéfala), traça a exigência
do impossível (Bataille), de Real (Lacan), de seu autor – como, para lembrarmos
as análises de Didi-Huberman, Carl Einstein (um dos referenciais não citados no
livro, mas que cruza o percurso de Antelo). Potências
da Imagem é também um jogo de seu autor que, em sua crítica, percebe o
abandono do real (tal como nos diz o poema de Manuel António Pina), junta
pedaços de todos os livros, desimagina e descria o mundo, e, incansavelmente,
não cessa de demandar o impossível.
[1] AGAMBEN,
Giorgio. O que é o contemporâneo? e
outros ensaios. Chapecó: Argos, 2009. Trad.: Vinícius Nicastro Honesko
[2] DIDI-HUBERMAN, Georges. Diante do Tempo. História da arte e
anacronismo das imagens. Belo Horizonte: UFMG, 2015. Trad.: Vera Casa Nova
e Márcia Arbex.
[3] Como o faz
na série L’Oeil de l’Histoire – sobretudo
em DIDI-HUBERMAN, Georges. Remontages du
temps subi. L’oeil de l’histoire. 2 Paris: Éd. de Minuit, 2010.
[4] Sobre o conceito de gesto aqui
empregado, cf. AGAMBEN, Giorgio. Notas sobre o Gesto. In.: AGAMBEN,
Giorgio. Meios sem fim. Notas sobre a política. Belo Horizonte: Autêntica,
2015. Trad.: Davi Pessoa. AGAMBEN, Giorgio. Por
uma ontologia e uma política do gesto. Belo Horizonte: Chão da Feira, 2018.
[5] Cf. DIDI-HUBERMAN, Georges. Quand les images prennent position. L’Oeil de l’histoire, 1. Paris:
Éd. de Minuit, 2009.
[6] Cf. DIDI-HUBERMAN, Georges. Peuples exposé, peuples figurants. L’oeil de l’histoire, 4. Paris:
Éd. de Minuit, 2012.
[7] ANTELO, Raúl. Potências da Imagem. Chapecó: Argos, 2004. p. 9.
[10] ANTELO, Raúl. Op. cit. p. 27.
[11] Idem.
p. 28.
[16] O ensaio aparece, com algumas
variações, sob o título mais sucinto Delectación
morosa, em Crítica Acéfala, Buenos
Aires: Editorial Grumo, 2008.
[19] AGAMBEN,
Giorgio. O que resta de Auschwitz. O
arquivo e a testemunha. São Paulo: Boitempo, 2008. Trad.: Selvino J.
Assmann
[21] Ressalto que exigência é um conceito que Giorgio Agamben elabora, em 2000, em
seu O tempo que resta. Uma leitura da
carta de São Paulo aos Romanos. (Belo Horizonte: Autêntica, 2016. Trad.:
Davi Pessoa) e que desenvolve em seu recente Che cos’è la filosofia (Macerata: Quodlibet, 2016).
REFERÊNCIAS
AGAMBEN, Giorgio. Che cos’è la filosofia? Macerata:
Quodlibet, 2016.
___. Notas sobre o Gesto. In.: AGAMBEN, Giorgio. Meios sem fim. Notas
sobre a política. Belo Horizonte: Autêntica, 2015. Trad.: Davi Pessoa.
___. O que é o contemporâneo? e
outros ensaios. Chapecó: Argos, 2009. Trad.: Vinícius Nicastro Honesko.
___. O que resta de Auschwitz. O
arquivo e a testemunha. São Paulo: Boitempo, 2008. Trad.: Selvino J.
Assmann.
___. O tempo que resta. Uma leitura da carta de São Paulo
aos Romanos. Belo Horizonte:
Autêntica, 2016. Trad.: Davi Pessoa.
___. Por uma ontologia e uma política do gesto. Belo Horizonte: Chão da
Feira, 2018.
___. Signatura Rerum. Torino: Bollati Boringhieri, 2008.
ANTELO, Raúl. Crítica Acéfala, Buenos Aires: Editorial
Grumo, 2008.
___. Potências da Imagem. Chapecó: Argos, 2004.
DIDI-HUBERMAN, Georges. Diante do Tempo. História da arte e
anacronismo das imagens. Belo Horizonte: UFMG, 2015. Trad.: Vera Casa Nova
e Márcia Arbex.
___. Georges. Peuples exposé,
peuples figurants. L’oeil de l’histoire, 4. Paris: Éd. de Minuit, 2012.
___. Quand les images prennent
position. L’Oeil de l’histoire, 1. Paris: Éd. De Minuit, 2009.
___. Remontages du temps subi.
L’oeil de l’histoire. 2 Paris: Éd. De Minuit, 2010.
NANCY, Jean-Luc. Corpus. Paris:
Éd. Métailié, 2006.
Imagem: Carybé. Candomblé. 1968.