Os Sistemas, como dizia Péguy, são sistemas de tranquilidade, que amamos porque nos sentamos sobre eles. É uma forma de vivermos tranqüilos, protegidos dos perigos e ciladas do Caos, da obscuridade, do mistério, do mais além. São bastiões contra a angústia que se instaura, mal assomamos um pouco a cabeça nessa terra pavorosa. Refugiamo-nos nos Sistemas, nas Igrejas, nos Partidos, nas Ortodoxias, como crianças nas saias da mãe. São, em suma, manifestações de covardia.
O homem livre, o herético, tem de estar possuído de um valor quase demencial.
O homem livre, o herético, tem de estar possuído de um valor quase demencial.
(SÁBATO, Ernesto. Heterodoxia. Campinas: Papirus, 1993. p. 77.)
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