Seu sonho maior: ser Dionisio. Dionísio dormindo a céu aberto, desconhecedor de cercanias, cão uivando ao luar e às estrelas da infitude vazia. Um labiríntico e multiforme território pontuado por suas ralas pegadas - que logo mais desaparecerão ao vento - e das bestas conhecidas e desconhecidas que povoam as histórias mais audazes. Um Dionísio mortal, que não deixasse de sucumbir às intempéries, ao mar, à alegria e à embriaguez como o mais mundano dos camponeses. Que também necessitasse de um teto provisório, do calor do fogo, de um amor na paragem próxima, da viagem como alimento e fonte imediata da vida não dilacerada. De uma bela morte.
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
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